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DEUS É FIEL!!

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Apucarana, PR
Meu nome é Luciane sou assistente infantil, formada no magistério e cursando pedagogia. Trabalho hoje no CMEI Olívio Fernandes em Apucarana. Amo o meu trabalho pois foi presente de DEUS para minha vida. Trabalho com uma equipe maravilhosa que consegue ultrapassar todos os obstáculos que tentam nos impedir de ser feliz e realizar nosso trabalho com amor. DEUS é FIEL e está presente em todos os momento do nosso dia.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Eu lecionei a todos eles.
Tenho ensinado no ginásio por dez anos. Durante esse tempo eu
lecionei para, entre outros: um assassino, um evangelista, um lutador de boxe,
um ladrão e um imbecil.
O assassino era um menino que sentava num lugar da frente e me olhava com seus olhos azuis.
O evangelista era o mais popular da escola, era o líder dos jovens entre os mais velhos.
O lutador de boxe ficava parado perto da janela e soltava uma gargalhada abafada, que até fazia gemer os gerânios.
O ladrão era um coração alegre, diria libertino, sempre com uma canção jocosa em seus lábios.
O imbecil, um pequenino animal de olhar macio, dócil, procurando as sombras.
O assassino espera a morte numa penitenciária do Estado.
O evangelista está enterrado, há um ano, no cemitério da vila.
O lutador de boxe perdeu um olho numa briga em Hong Kong.
O ladrão, na ponta dos pés, pode ver da prisão as janelas do meu quarto.
O imbecil, de olhar macio, bate com a cabeça na parede forrada, de uma cela, no asilo municipal.
a
Todos esses, um dia, sentaram na minha sala. Sentaram e olharam para mim, gravemente, das suas carteiras escuras e surradas.

Eu devo ter sido de grande ajuda para esses alunos... Eu lhes ensinei o esquema encontrado nos versos alexandrinos e como colocar em diagrama uma sentença completa.
ESCOLA E DEMOCRACIA
Segundo o Professor Dermaval Saviani, a Educação passa por diversos contextos e momentos históricos brasileiros. Em sua analise Saviani destaca os problemas e analisa a situação da educação, as “teorias não-críticas” onde destaca as diferenças entre a pedagogia tradicional, a pedagogia nova, a tecnicista e seus problemas com a marginalidade, a ignorância, também analisa as “teorias crítico-reprodutivistas”.
Aponta reflexões criticas contextualizada sobre política, democracia e sociedade, que se faz presente e necessária no âmbito da Educação em sua atuação na escola dentre os quais estão presentes os profissionais da educação.
Na Pedagogia Tradicional a educação é vista como direito de todos e dever do estado, sendo o marginalidade associada a ignorância. É marginalizado da nova sociedade quem não é esclarecido. “A escola surge como um antídoto à ignorância, logo, um instrumento para equacionar o problema da marginalidade”. O papel da escola é transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados logicamente. O mestre-escola será o artífice dessa grande obra. A escola se organiza, pois, como uma agência centrada no professor, o qual transmite, segundo uma gradação lógica, o acervo cultural aos alunos. A estes cabe assimilar os conhecimentos que lhes são transmitidos.
Na Escola Nova o aluno passa a ser o centro de tudo, ocorre um movimento de Reforma Pedagógica Tradicional a qual a marginalidade deixa de ser vista predominantemente sob o ângulo da ignorância. O marginalizado já não é, propriamente, o ignorante, mas o rejeitado. A escola passa a ser a forma de adaptação e ajuste dos indivíduos á sociedade.
Portanto, a marginalidade não pode ser explicada pelas diferenças entre os homens, quaisquer que elas sejam: não apenas diferenças de cor, de raça, de credo ou de classe, o que já era defendido pela pedagogia tradicional; mas também diferenças no domínio do conhecimento, na participação do saber, no desempenho cognitivo. Marginalizados são os "anormais",
isto é, os desajustados e desadaptados de todos os matizes. Mas a "anormalidade" não é algo, em si, negativo; ela é, simplesmente, uma diferença.
Por fim o Tecnicismo define a marginalidade como ineficiente improdutividade. A função da escola então passa a ser a formação de indivíduos eficientes para o aumento da produtividade social, associado diretamente ao rendimento e capacidade de produção capitalista.
No segundo momento estão as teorias criticas-reprodutivistas, nas quais não pode ser possível compreender a educação senão a partir dos seus condicionantes sociais(sistema dominante-dominado).Concebe a sociedade como sendo essencialmente marcada pela divisão entre grupos ou classes antagônicos que se relacionam á base da força, a qual se manifesta fundamentalmente nas condições de produção da vida material.
Dermeval Saviani também descreve sobre a teoria da curvatura da vara. Sobre esta teoria Saviani mostra um processo de tentativas de ajuste da educação do seguinte modo “quando a vara está torta, ela fica curva de um lado e se você quiser endireitá-la, não basta colocá-la na posição correta. É preciso curvá-la para o lado oposto”(SAVIANI, 1992, p.48-49).Desse modo quando mais se falou de democracia no interior da escola, menos democrática foi a escola e, quando menos se falou em democracia, mais a escola teve articulada com a construção de uma ordem democrática.
Nessa perspectiva sobre a curvatura da vara, esse sempre tende a ir para o lado oposto, na esperança desta vir para o centro, igual a escola tradicional, nova e mecanicista, mais sempre ela penderá para um único lado nunca chegando ao centro.Sobre a estratégia da pedagogia liberal burguesa mostrando ser de inspiração marxista. Nesse sentido mostra que a escola nova na década de 30 no Brasil foi uma pedagogia burguesa de inspiração marxista, que aqui visava o desaparecimento daqueles movimentos populares que advogavam uma escola mais adequada aos seus interesses como o movimento do pioneiros. Mas sim fortalecer o poder da burguesia. Quando falava em escola para todos visava um instrumento de hegemonia, para expressar os interesses, abarcando também os interesses da camada dominada.
Segundo Dermeval Saviani, a educação não tem o poder de determinar as relações sociais, mais ao mesmo tempo em que é por ela determinada. Ela pressupõe erroneamente que, dada uma sociedade capitalista, a educação apenas e tão somente reproduz o interesses do capital.
No terceiro capítulo de “Escola e democracia” para além da curvatura da vara, podendo ser considerado como esboço da formulação da pedagogia histórico-crítica. Em contraponto com as pedagogia tradicional, nova e tecnicista,mas agora os pressupostos filosóficos, a pedagogia-metodológica e o significado político da pedagogia histórico-crítica.
Saviani mostra que para a formulação de uma nova teoria, os conteúdos escolares devem ser tratados como uma necessidade pessoal e social de modo que depois de serem aprendidos possam ser um instrumentos de mudanças sociais, devendo ser incorporados dentro de uma totalidade.
Entretanto, cabe ao professor na tendência histórico-crítica trabalhar cinco passos com o educando propostos por Saviani: a prática social inicial, que é comum ao professor e aluno, sendo a bagagem cultural que ambos trazem de sua realidade para dentro da escola. A problematização, trata-se de detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em conseqüência que conhecimento é necessário dominar (SAVIANI, 1992, p.80). A instrumentalização, trata-se da apropriação pelas camadas populares das ferramentas culturais necessárias a luta social que travam diuturnamente para se libertar das condições de abuso em que vivem. A “Catarse” que é a incorporação dos instrumentos culturais, transformando agora em elementos ativos de transformação social e por último a prática social final,sendo a nova postura que o educando deve assumir perante a sociedade.
Para concluir essa nova temática Saviani no quarto capítulo “onze teses sobre a educação e política” que procura caracterizar um confronto com a prática política a especialidade da prática educativa. O trabalho educativo nessa visão é o ato de produzir intencionalmente em cada indivíduo singular uma mudança que é produzida através da educação sistemática(conhecimento formal).
Também Saviani indaga que o ensino não deve ser trabalhado como produto, desse modo estaria a serviço da mera transmissão-assimilação dos conteúdos, aprendizagem repetitiva, abstrata e desvinculada das relações sociais concretas, logo de caráter elitista, descompromissada das reais condições históricas, sociais e humanas e contrária ao espírito crítico.
Como produto o ensino-aprendizagem se desenvolve na absorção do que já foi elaborado. Como processo, o ensino, a partir do produto, passa a se consolidar como reflexão do já elaborado em relação ao já vivenciado (experiências de vida) da postura do saber pensar melhor. Dessa forma o conhecimento não adquire seu verdadeiro estatuto, do contrário sua produção perde em importância e sentido, uma vez que não aponta para um fim concreto e transformador a ser atingido.
A escola precisa estar em consonância com as necessidades do mercado sem reduzir a sua função de formadora de um cidadão crítico e apto a lidar com todas as situações que possam surgir na vida.
Para que isso mude ela deve ser pensada na sua qualidade formal, caracterizada essencialmente pelo o domínio de técnicas, capacidades de manejo de instrumentos e de procedimentos e na política que é a capacidade do sujeito de fazer sua própria história.
Contudo, Saviani termina e conclui em seu livro, que a educação deve ser mudada, para transformar o homem em um ser filosófico para a compreensão do mundo e entender a interpretação dos seus fenômenos. Assim compreender a questão escolar, é a defesa da especificidade da escola e a importância do trabalho escolar como elemento necessário para o desenvolvimento cultural, educacional e humano. Para construirmos uma nova sociedade com futuro para todos, de homens livres, com igualdade de deveres e direitos, devemos lutar por uma educação mais democrática, inovadora tanto abertura para o dialogo e criticas produtivas.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Bom a partir de hoje retomarei as atividades do blog, estarei postando muitas novidades, com relação à educação infantil, período integral e integrado, redes sócias, e principalmente sobre o VINCULO AFETIVO, papel importante para a relação professor e aluno.Bjos Amadas fiquem com DEUs.